18 May Tecnologia esteve ao serviço do futsal na Taça de Portugal
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF), através da parceria entre a Portugal Football School com o Centro de Investigação de Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), e as Universidades da Beira Interior (UBI) e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), introduziu uma novidade na fase final da edição deste ano da Taça de Portugal, que decorreu de 10 a 13 de maio, no Pavilhão Multiusos de Gondomar. “A ideia é colocar a investigação ao serviço da modalidade”, afirmou Bruno Travassos, professor auxiliar na UBI e coordenador deste projeto.
Árbitros também participaram
A equipa do projeto, que esteve em Gondomar durante o decorrer da prova e acompanhou as 10 partidas realizadas, recolheu e analisou dados de atletas e árbitros. Bruno Travassos realçou a abertura de todas as equipas para, numa competição a este nível, “permitir a utilização destes dispositivos e utilizarem estes novos instrumentos que vão ajudar a modalidade a crescer”. “Como em tudo na vida a primeira vez é sempre mais difícil e alguns jogadores ainda não se sentem confortáveis com a utilização do colete e do dispositivo”, explicou o coordenador, e, claro está, coube a cada atleta decidir se queria participar no projeto ou não. As equipas de arbitragem presentes também foram incluídas, sendo que todos os juízes presentes na competição aceitaram participar neste estudo.
Na vanguarda a nível mundial
“Se tivéssemos todos os jogadores envolvidos poderíamos ter aqui também alguma análise tática em termos de distâncias entre jogadores, distâncias entre linhas defensivas, áreas ocupadas que poderíamos calcular…”, esclareceu Bruno Travassos, que no entanto não deixou de sublinhar “o esforço e também a audácia que a FPF está a ter em dar passos em frente no sentido de ajudar a modalidade a crescer”.
“Este é um projeto que não sei se em termos mundiais alguma vez foi feito numa competição deste nível, portanto acho que estamos a ser pioneiros neste âmbito. Isto já foi feito em treinos, já foi feito com equipas de formação, mas nunca em jogos com este nível de competitividade e com este nível de amostra. Portanto acho que a FPF está também de parabéns por ser inovadora e permitir que a ciência contribua para a prática.”, esclareceu o investigador.