19 JUL |
Jogos Olímpicos com uma pandemia e muitas incertezas: Que impacto terão na saúde mental de atletas e treinadores?
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Diogo Monteiro
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Ter robustez psicológica acima da média é como uma segunda pele para quem está na competição de elite. Estes Jogos Olímpicos revelam-se uma missão ainda mais exigente, pela pandemia e incertezas várias. Qual o seu impacto na saúde mental dos nossos heróis?
Conquistar a excelência seguindo princípios como a amizade, a igualdade, a solidariedade e o fair play é a marca distintiva dos Jogos Olímpicos desde a sua génese, na Grécia Antiga. Sob o lema “mente sã num corpo são”, o povo helénico respeitava o “armistício sagrado” e dedicava-se integralmente à prática desportiva, esquecendo as disputas. Ontem, como hoje, esta é, mais do que um ideal, uma filosofia de vida para qualquer atleta de alta competição. O que pode afetá-la, e a que níveis, em tempo de pandemia e incertezas várias?
Primeiro, o adiamento dos Jogos, pelas quarentenas, cancelamentos e interrupção dos programas de preparação. Depois, a gestão do tempo de espera, das dúvidas e das expetativas: “Quando vão realizar-se, afinal?” “Estarei suficientemente em forma na hora H?” Na altura em que tudo parecia entrar nos eixos, novos fatores entraram em cena: a inevitabilidade de o maior evento desportivo do mundo ter de realizar-se sem público devido à nova vaga pandémica em Tóquio, a adaptação dos atletas às regras de segurança (ainda mais) apertadas e o terem de lidar com outras fontes perturbadoras, como a de não ser exigido aos participantes estarem vacinados antes de chegar à capital japonesa.
Como é que estas alterações de rotinas, que afetaram o mundo inteiro, mexem com o estado psicológico dos atletas, as suas elevadas expetativas de desempenho, bem como dos treinadores, no meio de tantos imponderáveis?
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