Estudo avalia impacto do dimorfismo sexual na fadiga muscular em resposta ao treino com oclusão vascular

Estudo avalia impacto do dimorfismo sexual na fadiga muscular em resposta ao treino com oclusão vascular

A investigadora do CIDESD Carolina Vila-Chã é co-autora do trabalho de investigação “Muscle fatigue in response to low-load blood flow-restricted elbow-flexion exercise: are there any sex differences?”, recentemente publicado no European Journal of Applied Physiology, uma publicação com factor de impacto de 2.401.

«Nos últimos anos, a investigação tem mostrado que o treino de força de baixa intensidade combinado com a restrição parcial do fluxo sanguíneo (LLBFR) pode induzir ganhos de massa e força muscular semelhantes ao verificado com intensidades mais altas. A aplicação da oclusão parcial do fluxo sanguíneo permite aumentar consideravelmente o stress metabólico, levando à fadiga neuromuscular necessária para desencadear o processo de hipertrofia muscular», explica.

Apesar de a investigação indicar que os indivíduos de ambos os sexos possuem perfis de fadiga neuromuscular diferenciados, os estudos sobre LLBFR têm sido quase exclusivamente desenvolvidos em homens. «Assim, este estudo teve como principal objectivo averiguar o impacto do dimorfismo sexual na magnitude de fadiga muscular em resposta ao treino de força de baixa intensidade, combinado com restrição parcial do fluxo sanguíneo. Procurou-se também explorar as diferenças entre homens e mulheres relativamente à magnitude da fadiga muscular induzida pelo treino de força com intensidades altas, bem como perceber se os diferentes métodos de treino implicam diferentes magnitudes de resposta», adiantou Carolina Vila-Chã.