CIDESD participou no II Summer Innovation Campus

CIDESD participou no II Summer Innovation Campus

Uma equipa do CIDESD voltou a marcar presença no Summer Innovation Campus para mostrar como se pode utilizar tecnologia (GPS, reacciómetros, células de carga, medidores de SmO2) para melhorar a prescrição do exercício e o processo de treino desportivo.

«Este tipo de iniciativas despertam a Universidade para a necessidade de se aproximar mais das empresas e dos mercados para absorver necessidades e entender melhor os seus contextos. A par deste grande objectivo, também conseguimos que as Ciências do Desporto despertem a atenção dos alunos de diversas áreas e, assim, podem-se abrir muitos horizontes de transdisciplinaridade para o futuro», afirmou o director do CIDESD, Jaime Sampaio.

Quem percorreu os corredores do Innovation Market não quis deixar de conhecer e experimentar alguns dos equipamentos utilizados pelos investigadores do CIDESD.

«Creio que conseguimos despertar a curiosidade dos participantes pelo GPS – Sistema de rastreamento do posicionamento dos jogadores que utilizamos, mostrando que o nosso objectivo é perceber o rendimento desportivo dos atleta para que os possamos ajudar a potenciar a sua capacidade física e tática», referiu o investigador Bruno Gonçalves.

Noutro ponto do stand, a investigadora Isabel Machado ficou responsável por explicar e exemplificar a utilidade do Moxy, um pequeno sensor que, quando colocado sobre a pele, mede a saturação de oxigénio no músculo e o total de hemoglobina local, através de infravermelhos. «Este dispositivo quando é utilizado num teste de esforço permite avaliar de que forma o corpo do atleta responde às diferentes intensidades de esforço, sendo possível identificar quais as zonas de intensidade ideais do treino, que sistemas fisiológicos limitam o desempenho do atleta e qual o tempo de recuperação do atleta. Portanto, pode ser usado para ajudar a orientar a intensidade, a duração e a recuperação do treino», sublinhou.

Os visitantes puderam realizar alguns exercícios com o Moxy para verificarem, em tempo real, as adaptações fisiológicas do músculo ao esforço e a sua recuperação, tendo «demonstrado interesse ao colocarem várias questões sobre o assunto».

 

O exercício com as FitLight Trainer foi um dos mais concorridos, visto que permite desenvolver a agilidade, a reacção e a coordenação nos atletas de competição. O equipamento é composto por quatro alvos luminosos, que se ligam e desligam numa sequência pré-programada, sendo que o atleta tem que reagir ao estímulo. «As FitLight Trainer permitem ao atleta obter informações em tempo real de desempenho de treino, com vista ao seu desenvolvimento motor e optimização do seu treino. Aqui, quem experimentou o equipamento sentiu-se desafiado e entusiasmado para obter o melhor desempenho possível na sequência pré-programada», revelou o investigador Diogo Silva.

Já o investigador Nuno Mateus encarregou-se do Eccotec, um instrumento de treino inercial desenhado para melhorar o rendimento dos desportistas, potenciando a fase excêntrica do exercício. Trata-se de um equipamento que também pode ser utilizado nos processos de recuperação e prevenção de lesões. «Os alunos envolvidos gostaram de experimentar o equipamento e, principalmente, de verificar que a taxa e velocidade de produção de força pode ser acompanhada em tempo real, ao conectar o equipamento com um computador», destacou.

A segunda edição do Summer Innovation Campus decorreu, ontem, na  Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com o principal objectivo de partilhar o conhecimento resultante da investigação feita na UTAD e mostrá-lo às empresas para que, em conjunto, possam ser geradas soluções que respondam às necessidades de mercado. Ainda sob a alçada do CIDESD, foi submetida a aplicação “Passus Mobile” ao Concurso INOV@UTAD.